domingo, 27 de novembro de 2011

Conteúdos para Recuperação

Caros alunos, a recuperação de Ciências (EF) e Biologia (EM) já está marcada para o dia 13/12 (terça-feira) as 13h 20min.  Obviamente cada um tem acompanhado suas notas no site e já tem ideia de seus resultados finais. Os  alunos  serão  comunicados pessoalmente para assinar a folha oficial de recuperação, mas os conteúdos já estão nas páginas de cada turma.

Qualquer dúvida, estou à disposição.

sábado, 26 de novembro de 2011

Biopirataria: a comercialização da vida


Publicado em: 22/11/2011 - por Gabriela Brandalise
Comércio de pássaros, de aranhas, de veneno de cobras e até mesmo de solos da Amazônia. São alguns dos crimes cometidos por quadrilhas internacionais de biopiratas. O assunto é tão grave que chegou até o Congresso Nacional. Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) investigou uma série de denúncias de biopirataria e colheu depoimentos assustadores.
 
Duas espécies de rouxinóis da Amazônia, o galo-da-serra (Rupicola rupicola) e o rouxinol-do-rio-negro (Icterus Chrysocephalus), são consideradas moeda valiosa em países como o Japão. Para ter-se uma ideia do que é esse mercado, a CPI apurou que cada exemplar traficado dos seringais da Amazônia é vendido por US$ 120 mil.
 
Ainda segundo o que a comissão parlamentar descobriu, os biopiratas roubam também essências de plantas, micro-organismos e até amostras de águas de vários rios da região.
 
O absurdo chega à comercialização de sangue de indígenas caritianas, suruís e ianomâmis. A venda é ofertada pela empresa estadunidense Coriell Cell Repositories, de Nova Jérsei. Em seu site, a empresa oferece amostras de sangue de indígenas brasileiros. Por nada mais que US$ 85,00 (R$ 180,00), o internauta pode encomendar amostras das linhagens de células e de DNA do sangue desses povos. 
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)  realiza operações contra a biopirataria. Quem nos conta mais sobre esse tipo de crime é Natália Milanezi, chefe da Divisão de Fiscalização de Acesso ao Patrimônio Genético e ao Conhecimento Tradicional Associado - DiGen/Cofis. 


O que é biopirataria? É um assunto recente? A biopirataria é o nome popular dado ao uso ilegal de informações genéticas de espécies da fauna, da flora e de micro-organismos brasileiros. Também configura biopirataria o uso não autorizado dos conhecimentos populares brasileiros, principalmente de indígenas e quilombolas, sobre os usos que as comunidades fazem dessas espécies. A remessa não autorizada de material biológico brasileiro para fora do País também constitui infração de biopirataria. O uso do termo biopirataria coincide com a evolução da biotecnologia moderna e está diretamente relacionado com o patenteamento de espécies e de produtos em todo o mundo.
Quais e quantas espécies já foram pirateadas do Brasil? Não há ainda um estudo preciso sobre volumes e consequências, até mesmo econômicas, da biopirataria para o Brasil. Mas, sabendo-se que o País detém 25% da biodiversidade mundial e variados conhecimentos tradicionais a ela associados, num contexto mundial em que cresce vertiginosamente o uso da biotecnologia como fator de inovação em vários ramos da indústria, é possível afirmar que o Brasil é um dos principais alvos internacionais.
O Brasil também faz isso com a biodiversidade de outros países? Não há informações sobre biopirataria internacional cometida por brasileiros. O que se sabe é que o fluxo comum dos recursos genéticos naturais é dos países ricos em biodiversidade (geralmente países em desenvolvimento) em direção aos países biotecnologicamente desenvolvidos (normalmente pobres em biodiversidade).
O tráfico de animais também é considerado biopirataria? Por muito tempo, o tráfico internacional de animais foi confundido com a biopirataria. A finalidade do tráfico é a venda de animais vivos no exterior para petshops. A biopirataria, por sua vez, caracteriza-se pelo envio ao exterior de partes ou subprodutos de espécies da flora, da fauna ou da microbiota na forma de extratos, moléculas ou outros materiais processados, ou mesmo como informações genéticas. Apesar de se fazer essa distinção, entretanto, é possível que animais e plantas inteiras e vivas sejam enviados ao exterior com a finalidade de investigação de suas propriedades genéticas, resultando na elaboração de produtos, como medicamentos e cosméticos. Por esse motivo, o Decreto Federal n.o 5.459/2005, que disciplina as sanções contra o patrimônio genético, não faz distinção da forma como as amostras do patrimônio genético saem do País, se vivos ou mortos, se inteiros ou em partes, já que, a partir do momento em que essas amostras saem do território nacional, perde-se o controle sobre sua aplicabilidade futura.
Quais são as consequências da biopirataria? Há uma estimativa do prejuízo que isso traz ao País? A principal consequência é a perda de milhões de dólares todos os anos por meio do patenteamento de produtos derivados da biodiversidade brasileira, o que obriga o pagamento de royalties para o uso, por exemplo, de medicamentos importados produzidos por laboratórios estrangeiros sem a autorização do Brasil e sem a devida repartição de benefícios com o provedor da matéria-prima – no caso, o Brasil.
Existem acordos internacionais que tratam desse assunto? A Convenção da Diversidade Biológica é o marco internacional do combate à biopirataria no mundo. Contudo, há também outro tratado internacional definido pela OMC (Organização Mundial do Comércio) que afeta negativamente a soberania brasileira no que se refere à nossa biodiversidade. Conhecido como Trips, sigla que em português significa Tratado de Aspectos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, esse tratado não impede patenteamentos fora do Brasil, mesmo se o uso da biodiversidade brasileira tenha sido ilegal. Recentemente, em Nagoya, no Japão, foi aprovado um protocolo que reafirma os direitos dos países sobre as suas diversidades biológicas e culturais, mas essa disputa internacional ainda está inconclusa.
Como é o trabalho de fiscalização do Ibama? O Ibama promoveu uma grande operação recentemente: a Operação Novos Rumos. Na primeira etapa, foram analisados 107 processos encaminhados pelo Departamento do Patrimônio Genético – DPG/MMA (órgão criado no âmbito do Ministério do Meio Ambiente para tratar do assunto), contendo casos de acesso irregular ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado em todo o Brasil. Diversas empresas nacionais e estrangeiras, centros de pesquisas e universidades foram autuadas, totalizando mais de R$ 107 milhões em multas e 156 autos de infração. Na segunda etapa da Operação, cerca de cem empresas dos ramos farmacêutico, alimentício, agropecuário, cosmético e de perfumaria, estrangeiras e mesmo brasileiras foram notificadas a apresentar informações e documentos que comprovem a regularidade de suas atividades. As respostas ainda estão sendo analisadas e poderão resultar novas penalidades.
Quais as punições previstas? O Decreto Federal n.o 5.459/2005, que disciplina as sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado, prevê multas para o acesso não autorizado às informações de origem genética de espécies brasileiras ou de conhecimentos de comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas. Há, também, sanção por deixar de repartir os benefícios oriundos da exploração econômica dessas informações e pela remessa não autorizada desses componentes. As multas variam de R$ 200 a R$ 100 mil, quando se tratar de pessoa física, e de R$ 10 mil a R$ 50 milhões, quando se tratar de pessoa jurídica. Há inclusive a possibilidade de cancelamento de patentes como medida repressiva aos que cometem biopirataria contra nosso país.


Natália Milanezi
Bióloga e mestre em Biologia Molecular, atualmente, faz parte do Ibama, dirigindo a Divisão de Fiscalização de Acesso ao Patrimônio Genético e ao Conhecimento Tradicional Associado.
 

domingo, 2 de outubro de 2011

Sistema Cardiovascular

O terceiro ano do ensino médio culminou seus estudos sobre o sistema respiratório e cardiovascular  com uma aula prática com órgãos suínos. Os alunos conseguiram ver a diferença de textura dos tecidos que formam os pulmões e o coração (visualizaram as câmaras e as válvulas)  puderam ver e sentir a traquéia.
Agradeço ao Matadouro Zimmermann que sempre colabora com essa prática, doando os órgãos frescos e em ótimo estado para visualização.





Minhocário

Dia 26 de setembro, os alunos da turma 16A organizaram os minhocários da turma. Nesta segunda-feira (03/10)  estaremos analisando os resultados.




terça-feira, 23 de agosto de 2011

Amilase salivar e Minhocas

O título da postagem tá estranho? Calma, não foi tudo na mesma aula, nem com a mesma turma...

Dia 19 o terceirão mastigou e cuspiu bolacha salgada pra vizualizar a ação da amilase salivar sobre o amido. Hoje o segundo ano examinou a anatomia de algumas minhocas.
Seguem as fotos.


 Bolacha mastigada

Adição de iodo



 Observação dos resultados







Beijos gente. Adoro nossas aulas!!

sábado, 13 de agosto de 2011

Final de trimestre

 Os estudos dirigidos da 16A, 17A e 21A estão postados nas respectivas páginas.
Bons estudos!!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Criptógamas - Aula Prática 22A

Oi gente,
Valeu a pena fazer a coleta das Briófitas e das Pteridófitas as seis da manhã. A participação de vocês foi show.



sábado, 23 de julho de 2011

Congresso

Oi Pessoal,

      Nos dias 20, 21 e 22 ocorreu o 11º Congresso do Ensino Privado Gaúcho, organizado pelo SINEPE/RS com o tema EDUCAÇÃO E NEUROCIÊNCIAS: UM NOVO OLHAR. Nós tivemos a oportunidade de  comparecer com o apoio da nossa escola.
      Foram momentos agradáveis, onde conseguimos rever muitas de nossas práticas através de uma visão neurofisiológica (no link do título dessa postagem está a página com os palestrantes que tivemos o privilégio de assistir).
Abaixo seguem algumas fotos:
    
 Professora Greice ajustando seu equipamento de tradução simultânea para acompanhar a palestra internacional.

 Professor Ramon estilo garoto propaganda (hehe)













Professora Alexandra e Professora Yara em um momento descontraído aguardando a palestra.

Obrigada colegas pela companhia, espero ter sido para vocês tão agradável quanto foram para mim.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Terceirão

Nossa aula prática e nossa viagem!!
VIAGEM PARA OSÓRIO

 Ainda no ônibus, se preparando para a visita com os equipamentos de segurança.
 Observando a beleza arquitetônica do local.
 Observando os aerogeradores (em movimento! hehe, desculpem a piada interna)

AULA PRÁTICA
 Aula sobre reação do ácido nos minerais do osso e da casca do ovo.

 Turma reunida para posteridade.
Aproveitando o ovo sem casca para observar plasmólise.

sábado, 18 de junho de 2011

Aula prática 22A

Dia 16 realizamos uma aula sobre tipagem sanguínea. Agradeço aos voluntários que participaram.

sábado, 21 de maio de 2011

Atualização

Depois de tanto tempo sem escrever nada por aqui, nem mesmo estudo dirigido (que é um dos principais motivos de visitas a este blog), resolvi postar umas fotos do trabalho da 16A no laboratório. Já faz alguns dias que estas atvidades aconteceram mas só hoje estou conseguindo chegar aqui.

A atividade "fabricando fósseis" foi, além de divertido, esclarecedor para alguns alunos, pois sentiram um "gostinho" do trabalho de paleontólogo.



E os "fósseis" que quebraram...trouxeram mais realidade a atividade.

Aqui os alunos estão analisando os diferentes tipos de solo que eles trouxeram.

A turma está de parabéns pelo seu empenho nas aulas práticas.


quinta-feira, 24 de março de 2011

Encontrado no RS fóssil de espécie nunca antes catalogada


Fóssil com dentes de sabre de cerca de 260 milhões de anos foi descoberto em São Gabriel

Gustavo Azevedo
Uma descoberta inédita de um fóssil com dentes de sabre com cerca de 260 milhões de anos foi apresentada na tarde desta quinta-feira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Os ossos do crânio de um terápsido — uma antiga linhagem de vertebrados que deu origem aos mamíferos extinta há milhões de anos — encontrado em março do ano passado numa fazenda da localidade de Tiaraju, no interior de São Gabriel, na Campanha, coloca o Rio Grande do Sul na vitrine científica mundial.

Segundo o coordenador da pesquisa, o paleontólogo Juan Carlos Cisneros, foi necessário um ano de pesquisa para comprovar que o material encontrado é especial por se tratar de uma espécie nunca antes catalogada.

Além disso, constitui o registro mais antigo de um herbívoro com dentes de sabre. Os pesquisadores batizaram a descoberta como Tiarajudens Eccentricus, uma nomeclatura que destaca os dentes fora do normal e também o local encontrado.

— O achado é o mais antigo de um terápsido que tinha a capacidade de mastigar. Os dentes de sabre eram mais comuns em carnívoros e não em herbívoros — explicou Cisneros.

A descoberta é tão importante que recebeu destaque na revista americana Science, tradidicional publicação da área cintífica. A pesquisa foi conduzida por cientistas da UFRGS, da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da University of the Witwatersrand, da África do Sul.
ZERO HORA

sexta-feira, 4 de março de 2011

Corpo poluído


Todos os dias, nosso organismo é exposto a milhares de substâncias químicas que colocam em risco a nossa saúde. Conheça alguns desses compostos nocivos, que podem estar presentes na natureza ou ser produzidos por indústrias sem que seus efeitos sejam totalmente investigados.
Por: Sofia Moutinho
Publicado em 03/03/2011 | Atualizado em 03/03/2011
Corpo poluído
O bisfenol A, os DDTs, os PCBs e a acrilamida são algumas das substâncias tóxicas normalmente encontradas no corpo humano. (imagem: Sofia Moutinho)
Talvez você não saiba, mas na sua corrente sanguínea provavelmente correm substâncias químicas tóxicas como o DDT e o bisfenol A. Basta comer, beber e respirar para que nosso organismo fique exposto a uma enorme variedade de produtos químicos naturais e artificiais. Mas quais são os riscos que corremos?
Nos Estados Unidos, o Centro para Controle de Doenças e Prevenção produz relatórios constantes de biomonitoramento da população para verificar as principais substâncias químicas a que as pessoas estão expostas.
O último estudo revelou que os estadunidenses têm altas concentrações sanguíneas de PFOA e Bisfenol A. O PFOA é uma substância artificial usada em antiaderentes, como o Teflon, que pode causar infertilidade feminina e distúrbios na formação da glândula mamária. O Bisfenol A é um composto presente em alguns plásticos – proibidos em países como o Canadá – que pode produzir efeitos adversos nos sistemas nervoso e reprodutivo, principalmente em crianças.
No Brasil, durante muito tempo, os DDTs foram amplamente usados em pesticidas agrícolas
Essas duas substâncias fazem parte da lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de compostos químicos de maior preocupação mundial atualmente. Também estão na lista substâncias que já são proibidas desde a década de 1970, mas que ainda estão presentes no meio ambiente e, por extensão, no corpo humano, como os bifenil policlorados (PCBs) e os dicloro-difenil-tricloroetanos (DDTs).
Os PCBs eram usados em tintas e equipamentos élétricos e hoje são encontrados em altas concentrações no oceano e em peixes. Já o DDT foi amplamente usado em pesticidas agrícolas e ainda contamina solos e águas.
No Brasil, não existe um estudo de biomonitoramento da população com a mesma magnitude da avaliação feita nos Estados Unidos. Mas sabe-se que, durante muito tempo, os DDTs foram amplamente usados em território nacional.
“Esses compostos eram considerados inócuos, mas hoje sabemos que eles atuam sobre o sistema nervoso central, causando alterações de comportamento e distúrbios sensoriais”, diz o engenheiro agrônomo e ambientalista Luiz Saldanha.
Alimentos
Os alimentos são fonte de contaminação por substâncias químicas nocivas artificiais e naturais, seja pelo contato com materiais como o Teflon, pela introdução de componentes químicos durante seu cultivo ou pela ação de fungos no armazenamento. (foto: David Lebrero/ Sxc.hu)
Segundo o químico Wilson Figueiredo, da Universidade Estadual de Campinas, o problema é que, atualmente, a produção de substâncias químicas artificiais e de efeitos desconhecidos é maior do que a capacidade de análise dos órgãos de regulamentação, que estabelecem limites seguros de exposição.
“Essa é uma realidade mundial: a indústria cria novas substâncias em uma velocidade impressionante e muitas delas não são testadas ou são testadas de forma incompleta e, mais tarde, descobre-se que não deveriam ter sido liberadas para uso”, aponta Figueiredo.
Somente nos Estados Unidos, 12 mil novos componentes são registrados todos os dias no Chemical Abstracts Service, espécie de biblioteca de produtos químicos.

Naturalmente prejudicial

Mas nem todas as subtâncias químicas que prejudicam a saúde humana e preocupam as autoridades científicas são introduzidas no ambiente diretamente pelo homem. Um exemplo é a acrilamida, que também está na lista de substâncias de risco da OMS.
Pesquisas suíças feitas em 2002 revelaram que essa substância – que pode causar câncer e, em certas doses, é tóxica para o sistema nervoso – é produzida naturalmente durante o aquecimento de carboidratos, encontrados em alimentos como a batata. Segundo o estudo, as batatas-fritas industrializadas são as que mais concentram acrilamida.
“Há algumas substâncias nocivas às quais o homem está exposto desde que se entende por homem”
“Há algumas substâncias nocivas às quais o homem está exposto desde que se entende por homem”, diz a toxicologista Eloisa Caudas, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. “A diferença é que agora sabemos mais sobre elas”, acrescenta.
Outro exemplo são as aflatoxinas, substâncias tóxicas produzidas por fungos muito comuns em lavouras de grãos e que, em altas concentrações, podem provocar câncer de fígado.
Uma pesquisa realizada por Caudas em 2002 analisou cerca de 60 quilos de amendoins e derivados no Distrito Federal e revelou que 34,7% desses alimentos continham níveis de aflatoxinas acima dos permitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Para minimizar os riscos à saúde associados ao consumo de substâncias tóxicas presentes em alimentos, a toxicologista aconselha que as pessoas fiquem atentas à procedência de frutas, legumes e vegetais antes de comprá-los. Mas ela afirma que, apesar de tudo, é melhor comer esses alimentos do que evitá-los.
“O risco à saúde sempre depende da dose a que a pessoa é exposta”, explica. “Você não vai ficar doente se comer um tomate com agrotóxico.”
A pesquisadora ressalta que o homem não tem como evitar totalmente a exposição a substâncias nocivas, sejam elas artificiais ou não. “O que podemos fazer é manter pesquisas sobre essas substâncias e conscientizar os produtores e indústrias para que a exposição humana a esses compostos seja reduzida.”

Sofia Moutinho
Ciência Hoje On-line

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cacto ambulante

Cacto ambulante Descoberta na China, criatura inusitada que viveu há 500 milhões de anos tinha corpo parecido com o de um verme e pernas cheias de espinhos (divulgação)


24/2/2011
Agência FAPESP – A descoberta de uma criatura extinta e inusitada, feita no sudoeste China, é o destaque da edição desta quinta-feira (24/2) da revista Nature.
Apelidado de “cacto ambulante”, o animal amplia o conhecimento sobre a evolução dos artrópodes, filo do qual fazem parte os insetos, as aranhas e os crustáceos.
A descoberta também reacende a questão de se o desenvolvimento do característico esqueleto externo duro dos artrópodes começou ou não com a aquisição de pernas robustas.
A maior parte dos grupos de animais vivos atualmente apareceu primeiramente no registro fóssil durante a chamada explosão do Cambriano, um período de rápida evolução ocorrido há cerca de 500 milhões de anos.
Jianni Liu, do Departamento de Geologia da Universidade Northwest, nos Estados Unidos, e colegas descrevem no artigo agora publicado a descoberta de uma outra espécie no pouco conhecido grupo dos lobopodios (Lobopodia).
O exemplar tinha cerca de 6 centímetros de comprimento e lembra um verme com corpo mole e estreito, mas com dez pares de pernas robustas e cheias de formações que lembram espinhos. A espécie foi classificada como Diania cactiformis, por lembrar um cacto.
Os cientistas responsáveis pelo estudo sugerem que o fóssil encontrado pode representar o organismo mais próximo dos artrópodes modernos de que se tem notícia.
Embora o “cacto ambulante” não seja exatamente o ancestral comum dos artrópodes atuais, ele tem os membros mais robustos e parecidos com os de um artrópode dos lobopodios conhecidos.
Segundo Liu e colegas, isso pode indicar que esse ramo dos lobopodios evoluiu para ter pernas duras antes mesmo que seus corpos endurecessem. Mas não se sabe se essa característica pode se aplicar aos artrópodes em geral.
O artigo An armoured Cambrian lobopodian from China with arthropod-like appendages (doi:10.1038/nature09704), de Jianni Liu e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.